“A Sorte segue a Coragem”
Mario Sergio Cortella

Sorte e coragem são matéria prima para um empreendedor. Difícil dissociar estas duas palavras de alguém que quer iniciar um negócio e criar uma nova realidade. “Você tem que perder a praia de vista se quiser conhecer outros continentes”.
O filósofo Mario Sergio Cortella faz uma interessante reflexão de causa e efeito destes dois componentes. Você precisa ter coragem para agarrar as oportunidades que a vida te oferece. Na verdade, a pessoa tem que estar preparada para aproveitar as sortes que a vida proporciona.
A coragem não é impulsividade, como ele detalha no capitulo 5. A coragem tem que ser meditada, trabalhada, reflexionada e preparada. O sujeito tem que ter a coragem de se preparar para agarrar as oportunidades. Para se conectar, se sincronizar, entrar em sintonia com o universo e abraçar as fortunas da sorte.
Fala de coragem competente, que ele chama de audácia. E aí separa o audacioso do aventureiro. O primeiro estuda, avalia, analisa antes de se jogar em algo novo. “A coragem é uma virtude, portanto uma forca intrínseca, mas que precisa ser trabalhada, modelada, refinada. ” Coragem, neste caso, não é somente ter o ímpeto do aventureiro, do quero e posso.
Assim como na Liderança do dr. Mario Alonso Puig, a coragem (e a sorte que lhe segue) passam pela escolha atenta e planejada de cada um. De como cada um está atento com as coisas do mundo, com o seu interior e com os seus objetivos, seu propósito e se prepara com afinco em busca de conquistá-los.
O livro traz conceitos como “vivência (ou experiência) meditada”, “consciência perita” e “acúmulo de reflexões” que, por sua vez, nos deixam ensinamentos poderosos para que cada um possa tomar o rumo da sua própria vida. Fazem parte do exercício de auto-conhecimento, “para ganhar potência, vitalidade, energia e competência no exercício da própria existência”.
Todos eles acabam passando pela humildade (outra virtude, segundo o autor) para reconhecer os erros, aprender com os outros e com as situações. A pessoa tem que ser “capaz de ser permeável, isto é, de ensinar e de aprender com aqueles que estão a sua volta”.
Terminando o livro, ainda tenho algumas dúvidas: coragem e humildade são mesmo virtudes intrínsecas (que nascemos com elas) ou podem ser trabalhadas e desenvolvidas do zero?


Ser é que eu entendi(somente lendo a resenha)… Parece que o Cortella acha que a gente consegue desenvolver. Por meio da atenção, da reflexão, do auto conhecimento… Não é? Deu vontade de ler o livro. 🙂
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