Bold: How to go Big, create Wealth and Impact the World

Bold: How to go Big, create Wealth and Impact the World

Peter H. Diamandis and Steven Kotler

Peter Diamandis é, entre outras coisas, o fundador da Singularity University, uma iniciativa que uniu a Nasa, o Google e outras empresas de ponta para estudar os impactos que as tecnologias disruptivas terão no mundo nos próximos anos. Conheci o Peter e a Singulatury University em um evento em 2015 em NY, a respeito das transformações no mercado financeiro. Ganhei este livro “de presente” durante o evento.

Um livro de muito conteúdo e cada vez mais relevante, espécie de manual para construção de empresas online, porque muitas das tendências que ele apontava, hoje já são realidades absolutas. Seu livro é um apelo para os empreendedores exponenciais. Um manual prático para aqueles com vontade de mudar o mundo. Está dividido em três partes. Na primeira – BOLD TECHNOLOGY, faz um repasso das principais tecnologias com potencial disruptivo em quase todas as indústrias: Inteligência Artificial, Impressoras 3D, Internet das Coisas (IoT), Robótica, Infinite Computing e Biologia Sintética.

Estas tecnologias estão transformando nosso presente e projetam nosso futuro muito além da ficção científica. Na segunda parte – BOLD MINDSET – tenta encontrar pontos comuns nas mentes de empreendedores exponenciais que melhor estão aproveitando este movimento, como Elon Musk, Jeff Bezos, Larry Page e Richard Branson. Até aí nenhuma novidade. Mas o que nem todo mundo percebeu, o grande valor agregado do livro na minha opinião, está na terceira parte – BOLD CROWD. Nela, os autores detalham e dão dicas para o uso de plataformas de crowdsourcing, crowdfunding e comunidades. Está disponível para qualquer pessoa que queira empreender e está comprometido com esta ideia. Estas ferramentas realmente derrubaram as barreiras globais de inovação. Permitem aos empreendedores acesso a fontes baratas de capital, a equipes com os mais variados perfis e, principalmente, ferramentas de colaboração (rápida interação) que os permite escalar e aperfeiçoar suas ideias. “Pela primeira vez na história, um indivíduo apaixonado e comprometido tem acesso à tecnologia, aos cérebros e ao capital necessários para enfrentar qualquer desafio que se proponha”.

Peter e Steven apelam ao que os investidores de venture capital adoram ouvir, de que “os grandes problemas da humanidade abrigam as maiores oportunidades de negócios para o futuro”. Por onde começar se você que ser um empreendedor disposto a enfrentar os grandes problemas do mundo…?

Para começar a entender as grandes alavancas disruptivas trazidas pela tecnologia (Bold Technologies), os autores analisam os avanços da indústria de impressoras 3D, por exemplo, mostrando sua evolução em uma Hyper Curve de Gartner (“Technology Hype”). Curiosamente, esta é uma indústria que, apesar dos prognósticos auspiciosos encontrados no livro, parece ter empacado no Vale da Desilusão, porque o mercado ainda não estourou como em outras indústrias, por exemplo a internet (e todos os serviços associados a ela), a computação móvel (um smart phone moderno contém o valor equivalente a uns usd 1 bi de aparelhos eletrônicos) a e a IoT (a expectativa é chegar a 1 trilhão de devices – 142X a população mundial – conectados até 2030), além dos grandes avanços da Robótica e da Inteligência Artificial – cada um em diferentes etapas de amadurecimento. Se você se interessou, recomendo o site de Gartner, onde ele expõe inclusive indicadores objetivos que permitem identificar cada um dos momentos do ciclo de desenvolvimento tecnológico.

Os impactos que cada uma destas tecnologias tem isoladamente e ainda o efeito combinado entre elas já alterou a forma como vivemos e irá alterar cada vez mais, de uma maneira talvez que somente autores de ficção conseguiram imaginar. O que você diria de fazer mineração em asteroides, construir uma colônia em marte ou criar seres humanos ciborgs? Já existem empreendedores atrás destes sonhos disruptivos.

Segundo os autores, estes caras têm o que eles chamam de Bold Mindset, que poderia ser traduzido como Mente Visionária. Isso passa em primeiro lugar pela atitude. “Se você pensa que consegue ou se você pensa que não consegue, você está certo!”., segundo nos dizia Henry Ford.

Motivação: metas audaciosas e alinhadas aos seus valores, autonomia, conhecimento e propósito

Performance: criatividade, risk-taking, rápidas interações e ciclos curtos de feebback

O primeiro passo é definir a Grandes Metas. Para estes caras com a Mente Visionária, não são quaisquer metas. O BAU (business as usual) não serve. Tem que ser metas altas e ambiciosas. Quanto mais difícil e desafiante, melhor. Fixar metas de todo o tipo já te ajuda para aumentar sua motivação e performance. Mas, normalmente quem mira mais longe, avança mais do que quem se contenta com metas fáceis.

Mentes Visionárias saem dos planos para a execução, principalmente porque eles têm um nível de compromisso fora do normal com as metas. Este nível de compromisso fica mais fácil quando a meta está alinhada com os valores pessoais do empreendedor. Quando tudo se alinha, e a pessoa está 100% comprometida com a meta ela está mais atenta, tende a ser mais resiliente e, portanto, mais produtiva.

E quando suas metas são muito ambiciosas, andar com a manada não vai te ajudar. Os visionários acabam se isolando do senso comum. Nadam contra a corrente. Sabem que as falhas são intrínsecas em processos de inovação e montam estratégias para reduzir ao máximo os riscos e aprender com os erros. Como diz a máxima no Silicon Valley, “falhe cedo, falhe frequentemente e não repita seus erros”. É uma cultura de experimentação constante.

“Ter metas disruptivas como estas significa não ter medo de falhar. Porque você vai falhar. O caminho da inovação está pavimentado com fracasso, e isso significa que é crítico ter estratégias a posto para a gestão de riscos e para a aprendizagem constante”.

Nesta cultura, a chave é a execução constante. Parta para a ação o mais rápido que você puder, para começar a interagir, falhar e aperfeiçoar sua ideia. “Se você não se envergonhar com a primeira versão do seu produto, você o lançou muito tarde.”

Para definir metas ambiciosas, sair do senso comum e manter uma cultura de rápida interação e experimentação constantes precisaremos de doses cavalares de motivação. Os autores repassaram os últimos descobrimentos da ciência da motivação. Viram que o que realmente funciona não são as recompensas externas, como promoções ou polpudos bônus em cash ou em ações. O que move as pessoas para estágios diferenciados de motivação são: autonomia (desejo de conduzir nosso próprio barco), domínio de determinado tema (mastery, desejo de conduzi-lo bem)e propósito (que a jornada signifique algo relevante).

A dica final para hackear uma mente visionária é coloca-la em estado de flow. Com Daniel Goleman vimos que neste estado “a pessoa mostra um perfeito controle sobre o que está fazendo e suas respostas estão em perfeita sintonia com as exigências da tarefa”. Em Bold, os autores vão um pouco além e dão dicas objetivas de como alcançar este estágio mental tão especial. Steven Kotler, um dos autores do livro, passou os últimos 15 anos de sua vida estudando este estágio da mente em seu projeto Flow Genome Project. Chegou a 17 gatilhos que são precondições para atingirmos a forma mais produtiva de nossas mentes. Antes de entrar no detalhe dos gatilhos, um grande aprendizado é que “flow follows focus”. Os mecanismos de motivação e performance que repassamos anteriormente são grandes catalizadores para nosso foco.

Gatilhos de Ambiente:

  • Grandes Consequências: “para alcançar o flow, a pessoa tem que estar disposta a assumir riscos”, tem que se arriscar. Um atleta tem que estar disposto a sofrer algum acidente físico ou até perder a vida se quiser ganhar uma medalha olímpica. Alguém apaixonado tem que estar disposto a ser rejeitado antes de se declarar. Um artista corre o risco de ser execrado pela crítica e ridicularizado pelo público, mas mesmo assim segue adiante. Para entra em flow, você tem que tomar riscos. Um entorno arriscado, exige um maior grau de atenção com a tarefa. Curioso que seja o mesmo conceito para ter uma vida autêntica, que nos apresentou Taleb em seu “Skin in the game”, diversos empreendedores e até o filósofo Cortela. AUDENTES FORTUNA JUVAT!
    • Contexto Rico: assim como os riscos, novidade, complexidade e imprevisibilidade do contexto mantêm nossa mente com níveis elevados de atenção, fundamental para entrar em flow. A recomendação, portanto, é agregar estes elementos a seu contexto, caso eles não estejam presentes. Nada de Zona de Conforto. Convenhamos que o mundo de hoje está cada vez mais VUCA (volátil, incerto, complexo e ambíguo), então basta estar vivo para ter um contexto rico ao redor.
    • Mão na Massa: se envolver fisicamente com as tarefas. O chamado, “aprender fazendo” e desta forma ampliar suas conexões sensoriais com a atividade. A educação Montessori entendeu este princípio e a aplica diariamente em suas escolas.

Gatilhos Psicológicos:

  • Metas Claras: saber onde e quando colocar a nossa atenção. O conceito aqui é um pouco diferente das Grandes Metas que mencionamos antes. O ponto é baixar o projeto à terra e definir de forma clara e objetiva quais seriam os passos para atingir aquele objetivo maior. “Clareza nos dá certeza. Nós sabemos o que fazer e onde focar nossa atenção enquanto estamos fazendo algo. Quando as metas são claras, a meta-cognição é substituída pela cognição-no-momento, e o ego fica fora de cena”
    • Feedback Imediato: seria uma extensão natural de ter metas claras. As primeiras indicam o que estamos fazendo e o feedback imediato, onde podemos melhorar. O lance aqui é medir os elementos de causa e efeito dos acontecimentos para melhorar a performance em tempo real. As práticas de metodologia agile são exemplos para estes mecanismos.
    • Relação Desafio/Habilidades: aqui a ideia é calibrar o desafio da tarefa para nossa habilidade em realizá-la. Se for algo muito difícil, nossa tendência é desistir. E se for algo muito fácil, rapidamente vamos estar interessados em outra coisa. O lance é buscar este ponto de equilíbrio, sabendo que quanto mais desconhecido for o resultado final, melhor será para reter nossa atenção.

Gatilhos Sociais:

O estado de flow pode ser alcançado de forma coletiva, por exemplo, em um time de futebol ou em uma equipe dedicada a um determinado projeto. Neste caso, os gatilhos têm que estar adaptados para um grupo de pessoas: 1) Concentração; 2) Metas Comuns; 3) Comunicação; 4) Participação Igualitária; 5) Riscos; 6) Familiaridade; 7) Humildade; 8) Sentido de Controle; 9) Escuta e 10) Sempre dizer “sim, e…”: as interações devem ser aditivas e não argumentativas. Com este pequeno truque, o interlocutor sempre adiciona novas ideias aos pontos da outra pessoa.

Gatilho Criativo:

  • Ampliação de Padrões: quando nos aprofundamos nos mecanismos de nossa criatividade, o que normalmente se destaca é nossa capacidade de “Reconhecer Padrões” (a habilidade de nosso cérebro de linkar novas ideias) e de “Correr Riscos” (a coragem em trazer estas novas ideias ao mundo). Segundo esta lógica, a quantidade de novidades que você traz para a sua vida, novos contextos e experiências, aumentam os pontos de contato para novas ideias. Esta ideia já tinha sido reforçada pela mente computacional de Pinker e em diversos outros autores que repassamos pelo blog.

Ainda em relação à Mente Visionária, os autores repassam a forma de pensar de quatro empreendedores que através de suas empresas, causaram mudanças muito relevantes na forma em que vivemos na atualidade: Jeff Bezos, da Amazon; Larry Page, do Google; Elon Musk, da Tesla Motors e da SpaceX e Richard Branson, da Virgin. Todos eles puderam superar nossas limitações intrínsecas (e biológicas) de pensar de forma linear e passaram a pensar em escala em seus projetos. Além disso, compartilham algumas outras estratégias mentais:

  1. Correr Riscos e Mitigação de Riscos
  2. Rápida Interação e Experimentação Incessante
  3. Paixão e Propósito
  4. Pensamento de Longo Prazo
  5. Centralidade no Cliente
  6. Pensamento Probabilístico
  7. Otimismo Racional
  8. Verdades Fundamentais (valores)

“Mesmo que a probabilidade de sucesso seja bastante baixa, se o objetivo for realmente importante, vale a pena fazer. De maneira conservadora, se o objetivo for menos importante, a probabilidade precisa ser muito maior. Como decido quais problemas enfrentar depende da probabilidade multiplicada pela importância do objetivo. ” Elon Musk, o cara que conseguiu reinventar os meios de transporte no planeta e para fora dele.

Já Bezos, costuma fazer uma simples pergunta para ajudar em suas decisões de investimento: “O que não irá mudar no mundo nos próximos 10 anos?”

Beleza, até aqui mencionamos as tecnologias disruptivas e aprendemos mais sobre um mindset empreendedor. Mas uma empresa é feita de equipes, de capital, de fornecedores e, claro, de clientes. Não se preocupe, chegamos no maior valor agregado do livro, um bom detalhe sobre as campanhas de comunidades auto-financiadas geradas por empreendedores:

Crowdsources: a boa e velha terceirização.

Em um mundo em que “qualquer empresa, de qualquer vertical e de qualquer tamanho, será uma empresa de tecnologia”, como costuma dizer o David Valez, CEO do Nubank; para qualquer iniciativa online você vai precisar de programadores, de engenheiros de computação. O livro traz uma boa lista de plataformas de recrutamento de pessoas: www.freelancer.com, www.topcoder.com, www.crowdsourcing.com, www.crowdsortium.com; de banco e competição de dados www.kaggle.com e até de testes para os sistemas www.utest.com

Crowdfunding: Show me the Money!

A primeira fonte de capital mais barata de todo e qualquer empreendedor normalmente será com amigos e familiares. E as plataformas de financiamento coletivo podem ampliar de forma exponencial este capital. Segundo especialistas destas plataformas, uma pessoa comum nos EUA, tem em média, uns usd 100 mil disponíveis em suas redes de conhecidos. No Brasil esta cifra poderia chegar a R$ 100 mil, convertendo as moedas de forma linear. De qualquer forma, já é uma boa grana para começar.

Existem 4 tipos de financiamento coletivo:

Para manter o esquema do livro como uma espécie de manual “faça-você-mesmo”, os autores detalharam as 7 razões para fazer uma campanha de crowdfunding e as 12 chaves de execução de uma campanha exitosa:

7 Razoes para Fazer uma Campanha de Crowdfunding

  1. Validação de Mercado (Medição da Demanda Real)
  2. Levantamento de Valor Significativo de Capital
  3. Desenvolvimento de uma comunidade pagante de clientes
  4. Custo baixo de Aquisição de Cliente
  5. Se vc for apaixonado por seu produto
  6. Construção de Marca
  7. Cash Flow Positivo

12 Chaves da Execução (de uma campanha de Crowdfunding)

  1. Escolha sua ideia (produto, projeto ou serviço)
  2. Quanto de Capital ($)
  3. Duração da campanha:
  4. Recompensas e Incentivos e metas diretas
  5. Monte o seu time prefeito (para a tarefa)
  6. Planejamento, Materiais, Recursos
  7. Conte uma estória com significado
  8. Crie um vídeo viral (máx. 3 minutos)
  9. Construa sua audiência
  10. Faça um lançamento Super Crível
  11. Trabalhe num plano de execução semana a semana
  12. Implemente um esquema de Tomada de Decisões baseado em dados

Comunidades: A Explosão da Economia Reputacional

Se por um lado a internet possibilitou a exploração da Cauda Longa pelo ecommerce, também abriu um leque de outras oportunidades para a aplicação da Lei dos Nichos. Atualmente não é complicado encontrar comunidades de apaixonados por qualquer coisa que você possa imaginar, de associações italianas a grupos de fanáticos por livros policiais ou outras coisas mais bizarras. Nestas comunidades, muitas pessoas trabalham e contribuem, sem nenhuma remuneração financeira, somente pelo prazer de ajudar.

A dinâmica destes agrupamentos de pessoas é, portanto bastante particular e requerem alguns cuidados. Começando pelo o que devemos fazer caso NÃO queiramos construir uma comunidade:

Ganância: comunidades online tem o objetivo de atingir um proposito transformacional e não dinheiro. Não significa que você não poderá monetizar a comunidade, mas antes ela deve ser autêntica e transparente a ponto de conseguir uma conexão real com o grupo.

Fama: cuidado para não confundir a comunidade como uma plataforma de projeção pessoal para seu líder. Na economia reputacional, a principal razão para as pessoas participarem de comunidades online é por reconhecimento. Elas querem ser reconhecidas como parte do grupo, por suas contribuições. O espaço é para eles e não para você.

Desejos de Curto Prazo: as pessoas são atraídas e querem contribuir para causas que valham a pena. Uma comunidade potente requer sonhos grandes.

Estágios para a Construção de Comunidades:

  1. Identidade: qual é o seu proposito transformacional?

As pessoas querem reforçar seu senso de identidade, querem se encontrar com a sua tribo. A paixão é o grande diferenciador neste caso e é importante que as pessoas a reconheçam de forma genuína, clara e transparente em você e na comunidade.

  • Desenhando o portal da sua comunidade

Além de um design exclusivo, de uma identidade visual poderosa e uma jornada com pouca fricção, seu portal tem que ter muita informação que chame a atenção de sua comunidade. Lembre-se que as pessoas se juntam a comunidades para: 1) reforçar seu sentido de pertencimento; 2) rede de suporte; 3) aumentar influência e 4) uma forma de sanar sua curiosidade ou explorar novas ideias. Somente informar não basta, você tem que encontrar uma forma de que as pessoas interajam e, em uma economia reputacional, sejam reconhecidas por suas contribuições.

  • Primeiros Passos

Ser o First Mover, agregar o máximo de membros para o pontapé inicial, estabelecer um ritual de boas vindas e, apesar de ter uma estratégia inicial já armada, estar aberto a escutar a todos.

  • Estratégias de Engajamento2
    • Reputação: começar a dar estrelas ou prêmios para aqueles que atuam e contribuem para comunidade. São as estrelas do Uber, do Airbnb, do TripAdvisor ou do Booking.
    • Encontros: podem ser físicos ou virtuais, cujo objetivo é gerar espaço para conversas e troca de ideias.
    • Desafio: desafiar a comunidade é uma boa forma de gerar coesão no grupo.
    • Experiência Visual: o que o autor chama de eye- candy, brindar a comunidade com bons conteúdos visuais, cuidando com slideshares e afins
  • Gestão da Comunidade
    • Tiranos Benevolentes: Além de compartilhar dos mesmos objetivos, de alguma forma a comunidade tem que estar alinhada aos principais direcionamentos estratégicos da iniciativa. O ideal é que as contribuições sejam organizadas na direção de testar e expandir estes objetivos, em um ciclo ganha-ganha para todos. Mas a palavra final è para o dono da inicitativa.
    • Mantenha a calma: tem que dar espaço e liberdade para as pessoas se exporem e discutirem ideias.
    • Não peça esmola: um eventual marketplace, que pode ser almejado pela comunidade  deve surgir como uma demanda das próprias conversas dentro dela.
    • Trabalhe na retenção: o boca-a-boca vai ser a melhor forma de expandir seu negócio. Então, deixar os membros atuais para que estejam satisfeitos e felizes é melhor do que expandir a base de membros a todo custo.  
    • Delegar: distribuir a liderança é chave para você ganhar escala. Deixe que lideranças naturais da comunidade emerjam e garante que o poder se espalhe.
  • Direcionando o Crescimento

As pessoas adoram conversar. E, segundo Seth Godin “a forma mais altamente alavancada e poderosa para crescer uma tribo é conectar as pessoas entre elas”. Existem várias formas de expandir estes laços entre a comunidade. Uma delas é evangelizar, expandir ao máximo o boca-a-boca da comunidade – fale mal, mas fale de mim. Outra é estabelecer parcerias com comunidades complementares ou similares. Criar competições entre os membros da comunidade pode ser um outro exercício interessante (as pessoas adoram competir), assim como encontrar um inimigo comum ou se responsabilizar por algum evento importante. E claro, não deixe de usar todas as demais ferramentas online que estiverem a sua mão: Google AdWords, motores de otimização de buscas, anúncios no Facebook, etc.

  • Monetização

No fim das contas, mesmo se a comunidade for beneficente, ela vai precisar gerar grana para se manter. Caso você queira cobrar algum tipo de mensalidade ou produtos na plataforma, isso tem que estar claro e transparente desde o começo. Assim como é bom saber que, como acontece em grande parte das vezes, as pessoas que participam também queiram, em algum momento, ganhar com sua paixão. Essa, inclusive, seja a forma mais efetiva de trazer fluxos financeiros para a suas comunidades; ajudando-os a vender seus produtos e serviços.

Prêmios: para finalizar, os autores desenvolvem o que seriam estratégias de Competições Incentivadas. Por exemplo, um prêmio de usd 1,4 MM para quem consiga desenvolver uma forma de deter as manchas de óleo em um desastre ambiental. Ou usd 10 MM para quem conseguir desenvolver um aplicativo de IA com a mesma capacidade de diagnostico que um conselho de médicos certificados. Além de recursos, as pessoas participam destes concursos principalmente pelo reconhecimento e reputação. Eles podem abrir portas para desafios maiores para aqueles que se provaram na área.

“A chegada da Era Exponencial colocará tecnologias disruptivas ao alcance das mãos de qualquer pessoa”. O século XXI é definitivamente o século dos empreendedores. Nunca as ferramentas estiveram tão disponíveis como neste momento.

Para finalizar, aqueles trechos que se destacam para que sempre estejam a mão e um vídeo do Google Trends com um resumo do ano de 2020 para servir de inspiração:

A ciência mostra que o segredo para a alta performance não está nos nossos drivers biológicos (nossas necessidades de sobrevivência) ou em drivers de recompensa-punição, mas no nosso terceiro driver – nosso profundo desejo de dirigir nossa própria vida, em estender e expandir nossas habilidades, e em encher nossa vida com significados e propósitos”. Daniel Pink, autor de Drive.

“Uma sala de aula Montessori se demonstrou como um dos ambientes mais propensos a flow na face da terra”

“Somos organismos biológicos e a evolução é conservadora por design. Quando uma adaptação específica funciona, o projeto básico é repetido continuamente. O flow certamente funciona. Como resultado, nossos cérebros são programados para a experiência. Todos nós fomos projetados para um desempenho ideal – é um recurso interno do ser humano.”

“Investidores adoram ideias, mas eles financiam execução”.

“… o dinheiro chega em ondas discretas: capital semente, capital coletivo, capital anjo, capital super-anjo, parceiros estratégicos, empreendimento Série A, empreendimento Série B e, às vezes, até uma oferta pública (IPO)”.

“As melhores pessoas para te ajudarem no seu próximo projeto são aquelas que ajudaram ou viram você ter sucesso com o seu último projeto”

“O recurso mais precioso do mundo é uma mente humana persistente e apaixonada”

Princípios Inovação Google:

  1. Foco no usuário
  2. Compartilhe tudo
  3. Procure por ideias em qualquer lugar
  4. Pense grande, mas comece pequeno
  5. Nunca falhe em falhar
  6. Acenda o fogo com Imaginação e alimento-o com Dados
  7. Seja uma plataforma
  8. Tenha uma missão que importe

“Não deixe nenhum dólar de reserva, você sempre pode alimentar você mesmo, portanto não deixe dinheiro na mesa. Eu gasto ele todo” De Ellon Musk, o cara mais rico do mundo desta semana.

“Proteger o lado negativo é crítico. Faca movimentos agressivos, mas tenha certeza que tem uma saída caso as coisas deem errado” Richard Branson, que criou uma das principais produtoras de músicas da Inglaterra e a transformou em uma empresa área e espacial.

“Eu acredito que a quantidade de inventos úteis que você faz é diretamente proporcional a quantidade de experimentos que você possa rodar por semana, por mês, por ano.” Bezos reforçando a importância da experimentação em sua estratégica de centralidade no cliente.

“Posicione você mesmo em algo que capture sua curiosidade, algo que você seja um fanático.”

“Ser negativo não é a forma como fazemos progressos” Larry Page, um otimista racional.

“… como todos as coisas no empreendedorismo, é somente uma questão de começar e depois agregar uma sucessão de tentativas e erros”

“Me dê 6 horas para derrubar uma árvore e vou gastar as 4 primeiras horas afiando o meu machado” os autores citando a Abrahan Lincon e ressaltando a importância da preparação antes de sair com uma campanha de crowdfunding, ou o que seja.

“… criar um grande time é o passo mais importante para construir um grande produto ou empresa.”

“Edison não era um Nerd, era um CEO” de Tesla, referindo-se a Thomas Edison, seu grande rival.

“Nunca duvide do potencial que um pequeno grupo de pensadores, cidadãos comprometidos têm para mudar o mundo. Na realidade, está a única forma de fazê-lo.”


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